domingo, 4 de fevereiro de 2018

A PREMEDITADA RUÍNA DA DEMOCRACIA E DA POLÍTICA


Como afirmei, o golpe cruzou o Rubicão da democracia. Entrou em sua terceira e mais obscura fase. A fase do não-retorno, a fase da extirpação definitiva da soberania popular. O maior líder popular da nossa história está ameaçado de ser preso, mesmo com provas claras de sua inocência, para que a eleição de 2018 se converta numa gigantesca fraude. Vivemos agora numa democracia tutelada por poderes sem votos e num Estado de exceção repressor.
A interdição política de Lula estava clara como água desde o início do golpe. Afinal, não se faz uma aposta num golpe para depois devolver o poder ao "inimigo".
O que não está claro, no entanto, é como a democracia brasileira pode ruir como um castelo de cartas de um dia para ao outro. Todo o mundo sabe como o golpe se processou, todo o mundo entende as motivações, todo mundo sabe porque Dilma foi derrubada, todo o mundo sabe porque Lula tem de ser preso, mas ninguém responde com acuidade a pergunta essencial: como pudemos descer tão baixo em tão pouco tempo? Por que as instituições democráticas falharam, todas elas, de forma tão deplorável? Como, em poucos meses, nos tornamos, de novo, uma patética república bananeira?
A prestigiada ONG Brot für die Welt, ligada à Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), que elabora o AtlaS das Sociedades Civis, nos coloca agora ao lado de outros 52 países onde a livre expressão das liberdades individuais é "limitada pelos governantes por meio de uma combinação de obstáculos legais e práticas". Estamos no mesmo nível de países como Indonésia, Moçambique e Haiti. O Haiti é aqui. Algo profundo se rompeu em nossa sociedade.
De fato, essa nova realidade política representa uma clara ruptura com o status quo político-institucional que havia se criado com a Constituição de 1988.
No Brasil pós-ditadura, as disputas em geral envolveram forças de esquerda e centro-esquerda contra forças de centro-direita e direita que competiam pelo voto do centro político e dos indecisos. Havia duas características marcantes nessas disputas: os projetos políticos antagônicos estavam canalizados em grandes partidos institucionalizados (com a trágica exceção de Collor) e todas as forças davam apoio explícito à consolidação da democracia no Brasil. Senão a uma democracia social e substantiva, pelo menos à democracia política e formal.
Havia, assim, uma espécie de pacto implícito pelo qual todas as forças políticas relevantes reconheciam a democracia como valor universal e imprescindível para fazer avançar o desenvolvimento do país. Todos os atores políticos significativos apostavam na consolidação crescente das instituições democráticas e na atividade política, que se confundia com a democracia, como elemento central no processo decisório dos rumos do Brasil. Mesmo com as limitações estruturais óbvias da democracia brasileira, que alijava a maior parte da população de direitos sociais e políticos básicos, havia essa disposição praticamente consensual para aprofundá-la e consolidá-la, sentimento natural num país que havia acabado de sair de décadas de ditadura. Afinal, as grandes campanhas pela anistia e pelas "Diretas Já" haviam unido e galvanizado praticamente todas as forças vivas da sociedade. Ulysses, Tancredo, FHC, Serra, Lula e Brizola haviam subido juntos no mesmo palanque pró-democracia.
Entretanto, esse pacto, plasmado na Constituição de 1988, foi respeitado, em seus aspectos básicos, enquanto a esquerda foi uma força minoritária controlável, que servia como elemento legitimador de uma democracia ainda em construção. Partidos como PT, PDT, PC do B, etc. faziam oposição aguerrida, mas não ameaçavam a agenda conservadora dos donos do poder e a hegemonia ideológica do neoliberalismo em ascensão no mundo e no país. FHC, em sua arrogância típica das "elites" tupiniquins, os chamava condescendentemente de "neobobos". Era uma oposição consentida e tolerada, incapaz de disputar realmente o poder.
Desse modo, ao contrário do aconteceu na Europa, por exemplo, a "estabilidade" democrática brasileira esteve baseada num desequilíbrio estrutural das forças políticas e na ausência de alternância real de poder.
Com efeito, em situações normais, a estabilidade política das democracias capitalistas avançadas estava embasada num equilíbrio pendular que envolvia a disputa democrática do centro político. Em certas conjunturas, o centro político se deslocava para a direita, fazendo que partidos de centro-direita tivessem hegemonia. Em outras, o centro político se deslocava para a esquerda, configurando governos de centro-esquerda ou socialdemocratas.
Esse equilíbrio pendular foi particularmente importante no pós-guerra, a fase que Hobsbawn denominou "de ouro" do capitalismo, na qual houve crescimento econômico, distribuição de renda, construção de um moderno Estado de Bem-Estar e estabilidade política. Nessa fase, as instituições democráticas e políticas, inclusive os partidos, foram capazes de limitar e arbitrar os conflitos distributivos inerentes à acumulação capitalista.
No Brasil, até a chegada do PT ao poder, nas eleições de 2002, isso não havia acontecido, após a redemocratização. Apesar das experiências trágicas do segundo governo de Getúlio Vargas e do governo João Goulart, muitos acreditaram que a democracia brasileira havia amadurecido o suficiente para lidar com um governo moderado de centro-esquerda, dedicado à promoção da inclusão social e à erradicação da pobreza e das desigualdades.
Por um breve momento histórico parecíamos emular, mutatis mutandis, as experiências exitosas da socialdemocracia europeia clássica. A nossa democracia aparentava ter amadurecido e ser capaz de lidar e de negociar com os conflitos distributivos inerentes às economias capitalistas. Apesar das muitas resistências e dos preconceitos, os governos Lula e Dilma conseguiram, por algum tempo, promover a inclusão social de vastas parcelas da população e reduzir substancialmente a pobreza e as desigualdades, num quadro de acirrada oposição, mas de relativa estabilidade democrática.
Contudo, esse quadro mudou súbita e drasticamente quando a crise, somadas às pressões das políticas distributivas sobre os lucros, começou a afetar os interesses do grande capital, especialmente do grande capital financeirizado, e dos seus setores políticos aliados. Num átimo, a ilusão com o amadurecimento da democracia brasileira foi jogada ao chão sujo de um golpe bananeiro. O histórico desequilíbrio estrutural entre as forças políticas distribuídas nos campos opostos do espectro político foi restabelecido na marra, contra 54,5 milhões votos. A centro-esquerda brasileira foi varrida do cenário político, mesmo depois de ganhar 4 eleições seguidas. Rompeu-se com a alternância democrática entre as forças políticas e com o pacto político plasmado na Constituição de 1988.
Claro está que em situações de crise o equilíbrio político entre polos ideológicos distintos e a capacidade das instituições de absorver e dirimir conflitos podem se tornar voláteis e incertos, em quaisquer democracias. Nessas situações, os conflitos distributivos se tornam intensos e frequentemente extrapolam a capacidade do sistema de representação e das instituições democráticas de absorvê-los e arbitrá-los. Assim, há uma tendência de dissolução do centro político e de crescimento de forças à esquerda e à direita. A luta de classes, nessas circunstâncias, extrapola a capacidade das instituições e do sistema de representação de institucionalizar e administrar conflitos, tal como sustentava Ralph Dahrendorf.
Tudo isso ocorreu e ocorre nas democracias europeias e nos EUA. Não é segredo para ninguém que há uma crise geral das democracias e dos sistemas de representação política, fortemente golpeados pelas desigualdades ocasionadas pelas políticas neoliberais. Como fica evidente em obras como a de Picketty, o padrão de acumulação capitalista do século XXI parece cada vez mais incompatível com a democracia.
Uma democracia neoliberal tende a ser um unicórnio.

Contudo, no Brasil há um sério agravante. Ao contrário do que ocorre, por exemplo, na Europa, aqui a direita e a centro-direita tradicionais insuflaram um fascismo ascendente e apostaram tudo na ruptura democrática.
As nossas oligarquias econômicas e políticas, que nunca foram elites, no sentido que Pareto e Mosca emprestam ao termo, romperam com a democracia. Romperam com a democracia e romperam com o país. Essa é que é a triste verdade.
Insuflaram as forças mais retrógadas do Brasil para dar um golpe contra a presidenta honesta e colocar no poder a "turma da sangria". Saíram às ruas junto com Bolsonaro, MBL e outros grupos protofascistas, que pediam intervenção militar e condenavam a democracia e a política de um modo geral. Chocaram o ovo da serpente que injetaria veneno mortal em nossas instituições democráticas.
Em sua obsessão irracional de tirar o PT do poder a qualquer custo, abriram a caixa de Pandora do nosso fascismo tupiniquim, que agora floresce e os engole. Na sua sanha em derrubar a presidenta eleita, destruíram a democracia e jogaram na lama o voto popular. Em sua tentativa de limar a credibilidade do PT, destruíram a legitimidade de todo o sistema de representação política.
Insuflaram também juízes e procuradores messiânicos contra PT e acabaram destruindo a construção pesada brasileira e assestaram golpe duríssimo contra a engenharia nacional. Acabaram também com a nossa competitividade na exportação de serviços, setor estratégico que mais cresce no mundo. Erodiram a credibilidade da justiça e transformaram o próprio STF em biruta de aeroporto, que se move, de forma oportunista, conforme o vento político. Não há mais segurança jurídica no Brasil.
As instituições estão em frangalhos e o sistema de representação política tem hoje a legitimidade de um punguista de baixo meretrício. Bolsonaro, uma aberração constrangedora, se firma como um candidato viável, superado unicamente por Lula.
Alguns podem pensar que tudo isso foi um mero erro de cálculo. Erraram na dose autoritária e agora são obrigados a conviver com danos colaterais que podem ser consertados ou contidos.
Há, contudo, uma hipótese mais pessimista e realista: a ruptura com a democracia, com o voto popular e com o pacto da Constituição de 1988 foi planejada e veio para ficar. É uma estratégia de longo prazo que intenta consolidar a agenda ultraneoliberal regressiva e uma "semidemocracia" que não permitirá mais a alternância de poder e quaisquer políticas que se desviem dos dogmas da ortodoxia econômica e de uma inserção internacional subalterna.
Assim, não se trata apenas de prender Lula. Trata-se de prender qualquer Lula.
Voltando às questões iniciais deste artigo (Como pudemos descer tão baixo em tão pouco tempo? Por que as instituições democráticas falharam, todas elas, de forma tão deplorável? Como, em poucos meses, nos tornamos, de novo, uma patética república bananeira?), as respostas são mais simples do que parecem. Não descemos tão baixo, apenas não estávamos tão altos como supúnhamos. As instituições falharam porque não tinham um mínimo de solidez. E o ethos das nossas elites políticas sempre foi, no fundo, o de uma república bananeira. Mediocridade não se improvisa. No nosso caso, temos uma prática de 500 anos. A redemocratização pós-ditadura nunca se completou. Não se sedimentou. Ficamos no meio do caminho de uma semidemocracia.
Agora, essa insuficiência histórica da nossa democracia se soma às novas exigências do capitalismo em crise, que exige limites substanciais à soberania popular.
É duro, mas temos de reconhecer: nas atuais condições do nosso capitalismo, novamente selvagem, a ruína da democracia e da política é funcional e necessária. Não pode ser reconstruída. Tem de ser permanente.
Note-se que não se trata apenas de alijar a esquerda do cenário político, trata-se, sobretudo, de substituir os poderes que se fundam no voto popular por um poder que dele não dependa. Em 1964, foi a casta militar. Hoje é uma amálgama de castas burocráticas civis, aliada ideológica do poder econômico e midiático.

A tendência é termos presidentes e parlamentos fracos, diretamente tutelados por juízes, procuradores, técnicos, economistas do mercado, empresários, barões da mídia, banqueiros, e porque não dizê-lo, grandes interesses estrangeiros. A nossa brava classe media neoudenista com certeza aplaudiria um governo "técnico", no qual políticos servissem apenas para carimbar decisões pré-estabelecidas pelos reais detentores do poder.
Teríamos, assim, a "política" ideal para o ultraneoliberalismo: a política despolitizada, que não produz alternativas, apenas reproduz o "consenso técnico" ditado por quem não tem voto e, portanto, qualquer compromisso com o povo. Afinal, mesmo políticos de direita têm de ser sensíveis às pressões de eleitores. Mas, com a hegemonia do poder sem voto, as pressões a serem atendidas serão sempre basicamente as do mercado. Remédios amargos poderão ser socados goela abaixo da população sem maiores constrangimentos por políticos fracos e descartáveis, provavelmente eleitos por um número muito pequeno de votos válidos. Com o voto distrital, teríamos apenas grandes vereadores dedicados a defender interesses paroquiais. A "grande política" estaria pré-decidida e seria intocável. Congelada em emendas constitucionais e cinzelada no granito dos grandes tratados internacionais de livre comércio. Boa parte da nossa classe política, beócia incurável, ainda não percebeu o alçapão que para ela foi armado. Acha que é apenas Lula que ficará manietado.
Temer é, nessa quadra histórica, o político ideal: fraco, manipulável e indiferente à rejeição popular. Outros virão. Célebres nulidades, fascistas declarados, os apolíticos da "nova política", todos alinhados com o ethos excludente, colonial e escravagista do nosso grande Haiti.
Nessa equação política lúgubre falta, contudo, um pequeno detalhe: o povo brasileiro. Até agora, tem se mantido relativamente quieto, mas essa situação não deverá perdurar por muito tempo. E Lula, mesmo eventualmente encarcerado, será bem mais influente que todas as mediocridades políticas somadas.
O tempo não para, dizia o poeta, e tudo que hoje é aparentemente sólido e imbatível poderá se desmanchar no ar da desobediência civil, que nos conduziria a uma nova constituinte que refundasse as bases de uma real e sólida democracia no Brasil.
O Brasil real sentiu, ainda que por pouco tempo, o gosto inebriante da liberdade e da igualdade. Voltará por mais, bem mais. (247).

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O Homem, a maior ameaça às tartarugas marinhas

Métodos de pesca em todo o litoral brasileiro, como o uso de redes de arrastão do camarão e a captura com cordas e anzóis no formato 
de letra “J” são pesadelo para as espécies

Tartaruga presa em rede de pesca
Tartaruga presa em rede de pescaFoto: Enrico Marcovaldi/Cortesia
(Folhape).
Sessenta por cento das tartarugas marinhas encontradas mortas ou encalhadas nas praias do litoral brasileiro tiveram alguma interação com a pesca, segundo o Projeto Tamar. O uso de redes de arrasto do camarão e a pesca com espinhéis em alto mar (cordas compridas com anzóis no formato de letra “J”), além de serem um pesadelo para essas criaturas do mar, tão pré-históricas quanto os dinossauros, são os principais responsáveis por fazê-las configurarem no livro vermelho. São cinco as espécies que ocorrem no Brasil, todas em risco de extinção: tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), cabeçuda (Caretta caretta), verde (Chelonia mydas), oliva (Lepidochelys olivacea) e a de couro (Dermochelys coriacea). 

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“Esses métodos de pesca se tornam um perigo para as tartarugas marinhas porque, uma vez que elas interagem, ficam presas aos anzóis e redes, não conseguindo subir à superfície para respirar e, assim, acabam morrendo afogadas”, explica o biólogo da base do Tamar em Praia do Forte, na Bahia, Mazinho Santana. Para se ter uma ideia do quão perigosas são essas armadilhas, em uma única saída (que dura entre 20 dias e um mês em alto-mar) uma embarcação é capaz de capturar por engano mais de 100 tartarugas marinhas. Para combater essa ameaça, o Projeto Tamar realiza, desde 2001, o Programa Interação Tartarugas Marinhas e Pesca, cuja finalidade é reduzir a captura incidental com ações de monitoramento e implementar medidas mitigadoras, como anzóis circulares e cortadores de linhas. 

Inclusive, testes feitos pelo Tamar com anzóis circulares apontam que esse tipo de ferramenta diminui em até 65% as chances de uma tartaruga da espécie couro, por exemplo, ser vítima do anzol “J”. 

Feitos de metal e sem argola, o anzol circular é chamado assim porque a ponta é curva e virada em direção à haste, formando um círculo. Por ser assim, aumentam-se as chances de as tartarugas marinhas serem liberadas de volta ao mar com vida, além de não terem o céu da boca perfurado. Tal realidade motivou os Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) a determinarem a substituição do anzol “J” pelo circular (veja figura) nas embarcações industriais, cujas espécies-alvo são os atuns albacora-branca, albacora-bandolim, albacora-laje e o peixe da espécie espadarte. “A publicação dessa instrução normativa foi motivo de comemoração para a gente. Sensação de tarefa cumprida, que só conquistamos após anos alertando para a problemática”, comemora Santana, que há 17 anos veste a camisa em prol da conservação das tartarugas marinhas. A determinação, publicada recentemente no Diário Oficial da União, entrará em vigor a partir de 1º de novembro de 2018. 

Monitoramento
A equipe do Tamar instala, em algumas tartarugas capturadas incidentalmente, transmissores de satélite com o objetivo de acompanhar o deslocamento e avaliar a taxa de sobrevivência desses animais após a soltura. Inclusive, a Folha de Pernambucoacompanhou a devolução de uma tartaruga jovem da espécie cabeçuda às águas da Praia do Forte, onde ocorre a maioria das solturas da base do projeto na Bahia (veja vídeo abaixo). Ela foi encontrada boiando no dia 4 de outubro, próxima à Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos, na Bahia. De lá, foi levada por pescadores à base da Praia do Forte bastante fraca, cansada e com lesões, onde permaneceu em tratamento por 113 dias. Após quatro meses foi devolvida ao mar.

Tartarugas são alimentadas em tanque do Tamar na Praia do ForteTartarugas são alimentadas em tanque do Tamar na Praia do ForteFoto: Projeto Tamar/Divulgação
Vista aérea do projeto Tamar na Praia do ForteVista aérea do projeto Tamar na Praia do ForteFoto: Projeto Tamar/Divulgação

Soltura de tartarugas na Praia do ForteSoltura de tartarugas na Praia do ForteFoto: Projeto Tamar/Divulgação

Soltura de tartarugas na Praia do ForteSoltura de tartarugas na Praia do ForteFoto: Projeto Tamar/Divulgação
Soltura de tartarugas na Praia do ForteSoltura de tartarugas na Praia do ForteFoto: Projeto Tamar/Cortesia

Outras ameaças
O descarte irresponsável do lixo é outra ameaça humana que tem feito o ecossistema marinho pagar caro por isso, principalmente, as tartarugas. Os problemas para elas são inúmeros. Vão desde a intoxicação e o enforcamento até a morte por desnutrição. Elas têm como prato principal as águas vivas e, como os plásticos flutuam no mar de forma semelhantes às medusas, elas os engolem. Sofrem uma falsa saciedade e, como o estômago entulhado de plástico, ficam incapazes de ingerir algo mais, morrendo de desnutrição. Além disso, o material entope o sistema digestivo e elas não conseguem excretar nada.

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Chuva grossa com ventos e trovoadas em Petrolina

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No inicio da tarde deste domingo(04), chove em Petrolina. A chuva é grossa, com intensidade forte, acompanhada de ventos e trovoadas. Os serviços de meteorologia já tinham indicado a chuva para toda a região. Aguardem novas informações. (C.Geral).



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Brasil pode ter este ano 600 mil casos de câncer, afirma Inca

Dos casos de câncer, cerca de 30% são considerados evitáveis
Doação de plaquetas
Doação de plaquetasFoto: Pedro Ventura/Agência Brasília
(Folhape).

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) prevê que 600 mil novos casos de câncer devem ser diagnosticados no Brasil este ano, e mais 600 mil no ano que vem. No entanto, hábitos saudáveis, a solução de problemas de saneamento e a adoção de medidas preventivas poderiam evitar um terço dos casos, disse a diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho Mendes.

Dos casos de câncer, cerca de 30% são considerados evitáveis", diz ela, que exemplifica. "A redução do tabagismo diminuiu de maneira estatisticamente significativa a incidência de câncer de pulmão e de outros tipos de câncer. O tabagismo está relacionado a 16 tipos", afirmou.

Outro fator de risco, destaca, é a obesidade, que está relacionada ao câncer de intestino, o terceiro mais frequente entre as mulheres e o quarto mais frequente entre os homens. O consumo excessivo de álcool é outro comportamento que deve ser evitado.

O câncer de pele não melanoma, considerado um tumor menos letal que a média, é o mais frequente no país, com 165 mil dos 600 mil casos estimados de câncer. A prevenção a esse tipo de tumor é se proteger do sol, especialmente nos horários próximos de 12h, quando há mais calor, além do uso de protetor solar.

Além dos tipos de câncer que podem ter sua incidência reduzida por hábitos saudáveis, há também aqueles que dependem do avanço de políticas públicas, como a ampliação do saneamento básico nas regiões Norte e Nordeste, onde o câncer de estômago ainda tem uma incidência destacada.

Sul, Sudeste, Norte e Nordeste
O Inca analisa que o Sul e Sudeste têm a incidência de câncer mais semelhante a de países desenvolvidos, enquanto o Norte e o Nordeste apresentam espaço para reduzir doenças que já estão bastante controladas em países ricos:

"No caso do colo de útero, o agente mais relacionado é o HPV [vírus transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas, está associado a diversos tipos de câncer, como de colo de útero, ânus, pênis, vulva e uretra]. Então, a vacinação de meninas e os exames de rotina das mulheres a cada dois anos são importantes. No caso do câncer de estômago é uma questão de saneamento básico, de qualidade da água", explica Ana Cristina.

Entre os tipos de câncer mais prevalentes no Brasil estão ainda doenças que se tornam mais tratáveis quanto mais precoce for o diagnóstico. É o caso do câncer de próstata e do câncer de mama, que são os tipos mais frequentes abaixo do câncer de pele não melanoma e podem ser identificados por exames de rotina. 




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GLEISI DENUNCIA PRESSÃO DE O GLOBO SOBRE O STF


 Em post nas redes sociais, a presidente do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann, disse neste domingo que a Rede Globo faz "pressão" sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a corte negue habeas corpus ao ex-presidente Lula.

Gleisi destaca publicação do jornalista Merval Pereira neste domingo.
"O esforço de O Globo em penalizar Lula chega a ser comovente! Dia após dia faz pressão no Judiciário para que isso aconteça. É campanha! Hoje o grande ideólogo Merval Pereira dá o roteiro que o Supremo deve seguir para negar o Habeas Corpus de Lula. E depois somos nós que pressionamos o Judiciário", escreveu a senadora. (247).

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Dilma 2018

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Devemos admitir a hipótese de que talvez a direita não tenha dado um golpe de Estado em 2016 para permitir que Lula retornasse à presidência da República em 2018, com poderes para revogar o descalabro social, político e econômico em favor do capital internacional.

Ainda assim, a insistência pela candidatura de Lula é um ato de óbvia defesa. Ele é um político popular, carismático, eloquente, consegue mobilizar as massas e é um líder histórico da classe trabalhadora.

Mas a rigor, Lula não é o candidato ideal. O candidato ideal para 2018 é a presidente que criminosamente sofreu um golpe de Estado, a senhora Dilma Rousseff.

E ela é ideal por diversos motivos. Vejamos:

Sob o ponto de vista político, ela é uma personagem de honestidade ilibada. Nunca se sentou nas mesas de negociação com nenhum delator e nunca passou na cabeça de qualquer juiz processá-la por qualquer razão ou ilação.

Trata-se de uma mulher que suportou com dignidade as investidas de um congresso comandado por um bandido - Eduardo Cunha - e um vice-presidente traidor.  Nunca cedeu às pressões do mercado e atravessou com a cabeça erguida as hordas de paneleiros que a difamaram pelas ruas, como um verdadeiro exército “midiotizados” pela rede Globo e companhia.

Ela sofreu um impeachment pelo mesmo congresso e senado que absolveu um corrupto confesso, Aécio Neves, e um canalha golpista, Michel Temer. Hoje mora em um simples apartamento em Porto Alegre que nem porteiro tem... Em uma palavra, trata-se de uma mulher incorruptível e por essa exata razão foi deposta por uma corja de corruptos.

Sob o ponto de vista econômico, ainda que seja a sucessora de Lula, foi a presidente que mais promoveu crescimento econômico, a que mais fortaleceu os bancos públicos e a que mais reduziu as desigualdades sociais.

Em 2015 ela sofreu um gigantesco ataque interno e externo para deixar o país ingovernável. Sofreu um ataque cambial vindo dos EUA que depreciou nossa moeda em mais de 30%; enfrentou uma fuga de capitais que reduziu o índice Bovespa à casa dos 50 mil pontos...

Por fim, viu os preços de nossas principais commodities serem depreciadas artificialmente no mercado internacional e... em nossa nação... esbarrou-se em um congresso que não permitiu que nenhuma de suas propostas para defender nossa soberania fosse aprovada.

O grande empresariado, com o apoio dos grandes bancos privados, congelou o crédito no país e começou a demitir em massa. Em fevereiro de 2016 a grande mídia mentia dizendo que tínhamos 9 milhões de desempregados, quando na verdade tínhamos pouco mais que 5 milhões. Ainda assim, esse desemprego era uma criação de um golpe orquestrado e que depois levaria o desemprego à casa dos 15 milhões e o déficit público em livre disparada.

Imaginemos todos agora que enorme derrota iríamos impor à direita, ao grande capital financeiro, aos paneleiros, a todos os golpistas e principalmente à Rede Globo se colocássemos novamente - pelo voto popular - uma presidente que nunca deveria ter sido deposta.

Mais que isso, ao retornar ao poder, Dilma teria a força moral e política - nacional e internacional - para revogar todas as medidas desastrosas desse atual governo ilegítimo e golpista. Seria um tapa na cara da Casa Grande e edificaríamos - sob o ponto de vista político - nossa “Grande Muralha” blindada contra futuras investidas imperialistas.

A vitória de Dilma significaria também o fim da Rede Globo, o fim da farsa da Lava-Jato e o fim de uma direita decrépita, escravista, machista e entreguista.

Há algo que os institutos de pesquisa tentam esconder do povo: se Lula não é o candidato, Dilma está em primeiro lugar (mas não com uma vantagem tão ampla) em qualquer composição de candidatos.

E se Dilma estiver no segundo turno, qual é o candidato da direita que possui dignidade moral para enfrentá-la?

Seria o entreguista insosso, Alckmin? Por acaso Bolsonaro, o defensor da tortura, terá a coragem de olhar nos olhos de Dilma e dizer que foi certo uma jovem garota ter sido torturada por defender a democracia? Ou teríamos para enfrentá-la a ecocapitalista Marina Silva que não tem nenhum cabedal e possui a mácula de ter sido a grande apoiadora de Aécio em 2014?

Dilma vai para o segundo turno em qualquer cenário. E no segundo turno, Dilma vence. E a sua vitória é a derrota de todos os que hoje usurpam o direito do povo brasileiro em viver em um país soberano, democrático e próspero.

Por isso, não tememos um eventual impedimento da candidatura de Lula. Ainda temos algo mais poderoso e ideal: temos Dilma para 2018. E com ela - certamente - teremos Lula em seu governo como grande aliado e parceiro para as grandes lutas que estão por vir a partir de 2019. (247).



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Governador Paulo Câmara prestigia 54° Baile Municipal do Recife

Fotos: Hélia Scheppa/SEI

A festa, tradicional abre alas do Carnaval de Pernambuco, aconteceu neste sábado, no Classic Hall
O governador Paulo Câmara e a primeira-dama, Ana Luiza Câmara, prestigiaram, neste sábado (03.02), a 54ª edição do Baile Municipal do Recife, uma das tradicionais prévias carnavalescas de Pernambuco. Este ano, o evento, que aconteceu no Classic Hall, em Olinda, homenageou Nena Queiroga e Jota Michiles, anfitriões da noite e que dividiram o palco com grandes nomes da música pernambucana.

Fotos: Hélia Scheppa/SEI


“Estamos muito confiantes de que o carnaval de Pernambuco vai ser, mais uma vez, o melhor carnaval do Brasil. Um carnaval com as pessoas na rua, de alegria e de paz. Pernambuco sempre fez um Carnaval de paz e nós vamos manter essa tradição em 2018”, afirmou o governador Paulo Câmara, que parabenizou a Prefeitura do Recife pela organização do Baile Municipal.

Para o anfitrião da noite, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o Baile Municipal é uma noite de valorização da cultura e do carnaval pernambucano. “É uma grande alegria e uma grande honra ver esse baile completando 54 anos. É uma festa 100% pernambucana, em que todos os artistas que se apresentam aqui são pernambucanos. Além de ser um baile beneficente. São seis instituições filantrópicas que trabalham com crianças, idosos, que fazem trabalhos culturais, esportivos e recebem os benefícios desse baile”, afirmou o gestor municipal.

Fotos: Hélia Scheppa/SEI


Com a renda arrecadada da festa deste ano, serão beneficiadas as entidades Instituto do Fígado e Transplante de Pernambuco; Orquestra Anjo Luz; Instituto Filadélfia; Espaço Criança; Associação Cristã Feminina do Recife e Maracatu Encanto do Pina.
Entre as atrações que animaram a noite estiveram Silvério Pessoa, Patusco, Ylana Queiroga, Cristina Amaral, Maestro Forró, Fulo de Mandacaru, D’ Breck, SpokFrevo Orquestra, Cezar e Vitor Santos e Frevália com: Romero Ferro, Clarice Falcão + Priscila Cannibal. (C.Geral).


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Colisão entre trens nos Estados Unidos deixa 2 mortos e 70 feridos

Os veículos se chocaram quando passavam pela cidade de Cayce
Resultado de imagem para Colisão entre trens nos Estados Unidos deixa 2 mortos e 70 DIARIO DE PERNAMBUCO feridos

A colisão entre um trem de passageiros e outro trem de carga no Estado norte-americano da Carolina do Sul deixou ao menos dois mortos e aproximadamente 70 feridos. O veículo com passageiros era operado pela empresa Amtrak e havia saído da cidade de Nova York com destino a Miami. Já o trem de cargas estava a serviço da companhia de transportes CSX. 

De acordo com o porta-voz do condado de Lexington Harrison Cahill, os veículos se chocaram quando passavam pela cidade de Cayce, por volta das 2h45 (horário local) deste domingo. Ele não soube informar se as duas pessoas que faleceram estavam no trem de passageiros ou no de carga. 

Conforme informações da Amtrak, o motor principal do veículo e alguns vagões descarrilaram, com oito tripulantes e 139 passageiros a bordo. A empresa também colocou à disposição uma linha telefônica para prestar informações sobre os passageiros envolvidos no acidente. Os feridos estão sendo levados para abrigos da região, de acordo com o porta-voz da polícia do condado de Lexington, Adam Myrick. (DP).


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Lady Gaga cancela dez shows na Europa por causa de fortes dores

A cantora anunciou há alguns meses que sofre de fibromialgia
A estrela já havia cancelado em setembro sua participação no Rock in Rio. Foto: Timothy A. Clary/AFP
A estrela já havia cancelado em setembro sua participação no Rock in Rio. Foto: Timothy A. Clary/AFP


A estrela pop americana Lady Gaga anunciou neste sábado o cancelamento dos últimos dez shows da parte europeia de sua turnê mundial devido a fortes dores.

Em um comunicado difundido no Twitter, a cantora assegurou a seus fãs que está desolada, mas que a decisão de anular seu Joanne World Tour é apoiada por sua equipe médica.


Os cancelamentos incluem os shows em capitais como Londres, Paris, Berlim, Estocolmo e Copenhague,e também em Zurique (Suíça), Colônia (Alemanha) e Manchester (Inglaterra).

A estrela já havia cancelado em setembro sua participação no "Rock in Rio" depois de ser hospitalizada com fortes dores.

Lady Gaga anunciou há alguns meses que sofre de fibromialgia, uma doença crônica que provoca dores múltiplas,(DP).



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Avião de guerra russo é derrubado por rebeldes sírios

O piloto morreu em "luta contra os terroristas" após ejetar da nave com para-quedas. A declaração do ministro da Defesa foi reproduzida pela agência de notícias Tass

Avião de guerra russo
Avião de guerra russoFoto: Omar Haj Kadour/AFP

(Folhape).

Um avião de guerra russo modelo Sukhoi-25 foi derrubado na Síria, disse o ministro da Defesa da Rússia neste sábado (3).

O piloto morreu em "luta contra os terroristas" após ejetar da nave com para-quedas. A declaração do ministro foi reproduzida pela agência de notícias Tass.

Horas antes, rebeldes sírios haviam declarado oficialmente que teriam abatido um avião russo.

Desde sexta mais de 35 ataques aéreos foram reportados na área.

O governo sírio e seus aliados têm agido na área, um bastião dos opositores, avançando sobre um estrada-chave do país, que liga Damasco a Aleppo.

Segundo a ONU, mais de 270 mil pessoas deixaram Idlib desde meados de dezembro por causa da ofensiva do governo.



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